Para o Brasil as principais vantagens são a ligação da rede de Internet à Ásia, eliminando a passagem pela América do Norte e Europa, as ligações diretas a um dos hubs de África que facilita o acesso à região e também uma alternativa de ligação à Europa.
LUANDA [ ABN NEWS / MACAUHUB ] — O cabo submarino em fibra óptica entre Angola e o Brasil deverá entrar em funcionamento entre o final de 2015 e o começo de 2016, afirmou o presidente do conselho executivo da Angola Cables.
António Nunes disse que o cabo submarino, que tem um custo estimado em 160 milhões de dólares, é o primeiro sistema de fibra óptica transatlântico do Hemisfério Sul, permitindo ligar África à América do Sul, de acordo com o Jornal de Angola.
O presidente da Angola Cables recordou que África tem atualmente a maior taxa de crescimento de utilizadores de Internet do mundo e salientou que este projeto posiciona Angola como um ponto estratégico para o sector de telecomunicações no continente.
Para o Brasil, de acordo com o responsável, as principais vantagens são a ligação à Ásia, eliminando a passagem pela América do Norte e Europa, as ligações diretas a um dos hubs de África que facilita o acesso à região e também uma alternativa de ligação à Europa.
“A ideia deste projeto tem a ver com a evolução da procura das telecomunicações, tanto em África como no Brasil, com a intenção estratégica de Angola ser um hub regional de telecomunicações, aliado à forte relação existente entre os governos do Brasil e de Angola”, notou António Nunes.
O cabo, com seis mil quilômetros de extensão, é composto por quatro pares de fibra para ter uma capacidade de cerca de 40 Tbps (terabits por segundo), com larguras de banda de 100×100 Gbps (gigabits por segundo) em cada par de fibras, e ligará Luanda a Fortaleza (Estado do Ceará).
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