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Marinha do Brasil lança ao mar o Submarino Riachuelo durante Cerimônia no Complexo Naval de Itaguaí

O Presidente da República Michel Temer e a Primeira Dama Marcela Temer, juntamente com o Presidente Eleito Jair Bolsonaro, participaram nesta sexta-feira (14), da Cerimônia do Lançamento ao Mar do Submarino Riachuelo, o mais moderno submarino do País. Batizado de Riachuelo, a embarcação é a primeira de cinco deste tipo que estão em produção para atuar na Amazônia Azul, protegendo a costa brasileira. É a sétima embarcação da Marinha do Brasil a ser batizada em homenagem à Batalha Naval decisiva, ocorrida em 11 de junho de 1865, durante a Guerra da Tríplice Aliança.

Primeira Dama Marcela Temer batiza o Submarino Riachuelo

 

ITAGUAÍ, RJ [ ABN NEWS ] — A Marinha do Brasil lançou ao mar, nesta sexta-feira (14/12), o Submarino Riachuelo, o primeiro de uma série de quatro submarinos convencionais e um com propulsão nuclear que estão sendo construídos pelo Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub). A cerimônia contou com a presença do Presidente da República Michel Temer e do Presidente Eleito Jair Bolsonaro. A Primeira Dama Marcela Temer batizou o Submarino Riachuelo quebrando uma garrafa contra o casco, desejando proteção e benção ao submarino e aos tripulantes.

O marco desta nova fase do Prosub aconteceu no Complexo Naval de Itaguaí, quando o “Riachuelo” estava pronto para iniciar os testes de porto, nos quais serão avaliadas a estanqueidade, a flutuabilidade e o equilíbrio do navio. Após todos os testes, que durarão cerca de dois anos, incluindo testes de mar, o submarino será finalmente incorporado à Força de Submarinos, subordinada ao Comando-em-Chefe da Esquadra brasileira.

O Prosub prevê, além da construção concomitante dos quatro submarinos convencionais, o projeto e a construção do primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear e a infraestrutura necessária à construção, operação e manutenção de ambos os modelos, composta por uma unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas, um estaleiro de construção e outro de manutenção, a Base Naval, além de estruturas complementares.

A concretização do Programa vai dotar o Brasil com tecnologia de ponta, fortalecendo diversos setores industriais de importância estratégica para o desenvolvimento econômico do País e fomentando a capacitação de profissionais em atividades altamente especializadas. Priorizando a aquisição de componentes fabricados no Brasil para os submarinos, o PROSUB é um forte incentivo à base industrial de defesa, que engloba os setores de eletrônica, mecânica (fina e pesada), eletromecânica, química e da Indústria Naval Brasileira. Neste contexto, o Prosub está gerando milhares de empregos diretos e indiretos.

 

O Submarino Riachuelo no Complexo Naval de Itaguaí

 

Michel Temer, Jair Bolsonaro e os Almirantes Eduardo Bacellar Leal Ferreira e Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Junior

 

Comandante da Marinha Almirante de Esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira

 

Ministro da Defesa Joaquim Silva e Luna

 

André Portalís: Presidente da ICN Itaguaí Construções Navais

 

Cerimônia de Lançamento do Submarino Riachuelo

 

Michel Temer e Marcela no Complexo Naval de Itaguaí durante a Cerimônia de Lançamento do Submarino Riachuelo

 

Complexo Naval de Itaguaí no Rio de Janeiro

 

Vídeos sobre a matéria:

 

 

 

Saiba mais:

Prosub

O Brasil tem o mar como uma forte referência em todo o seu desenvolvimento. É nessa área marítima que os brasileiros desenvolvem as atividades pesqueiras, o comércio exterior e a exploração de recursos biológicos e minerais. A imensa riqueza das águas, do leito e do subsolo marinho nesse território justifica seu nome: Amazônia Azul. Saiba mais sobre a Amazônia Azul.

A Amazônia Azul cobre uma área de 3,5 milhões de quilômetros quadrados. Mas o país pleiteia na Organização das Nações Unidas (ONU) a ampliação dessas fronteiras para os limites da Plataforma Continental, o que deve elevar a área marítima para cerca de 4,5 milhões de quilômetros quadrados – o equivalente à metade do território terrestre brasileiro.

Para proteger esse patrimônio natural e garantir a soberania brasileira no mar, a Marinha do Brasil investe na expansão da força naval e no desenvolvimento da indústria da defesa. Parte essencial desse investimento é o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub). A Estratégia Nacional de Defesa, lançada em 2008, estabeleceu que o Brasil tivesse “força naval de envergadura”, incluindo submarinos com propulsão nuclear. Neste mesmo ano, foi firmado um acordo de transferência de tecnologia entre Brasil e França. O programa viabilizará a produção de quatro submarinos convencionais, que se somarão à frota de cinco submarinos já existentes. E culminará na fabricação do primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear.

Os quatro submarinos convencionais brasileiros já começaram a ser construídos e estarão prontos até o final de 2022. O primeiro deles será o Riachuelo (S-40). Depois virão o Humaitá (S-41) em 2020, o Tonelero (S-42) em 2021 e o Angostura (S-43) em 2022. Por fim, a Marinha construirá o primeiro Submarino com Propulsão Nuclear (SN-BR), que será batizado de “Álvaro Alberto”, uma homenagem ao Almirante Brasileiro que foi o pioneiro no uso da tecnologia nuclear no País.

Transferência de tecnologia — O acordo entre o Brasil e a França para o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) tem três premissas básicas: transferência de tecnologia, nacionalização de equipamentos e sistemas e capacitação de pessoal. A transferência tecnológica se dá nas áreas de projeto e construção de submarinos e infraestrutura industrial.

A transferência de tecnologia para construção dos submarinos convencionais-S-BR está ocorrendo desde 2010, na cidade de Cherbourg, na França, onde já foram qualificados mais de 250 engenheiros e técnicos da Marinha, NUCLEP e Itaguaí Construções Navais (ICN), de diversos níveis e especialidades. O processo de transferência de tecnologia continua em andamento no Brasil, com as atividades de consultoria técnica durante a realização do projeto de detalhamento da parte modificada do submarino convencional.

 

Para que um Submarino? — Os submarinos convencionais, com propulsão diesel elétrica, necessitam se posicionar próximo à superfície do mar para aspirar o ar atmosférico em determinados intervalos de tempo. Esse procedimento é necessário para permitir o funcionamento dos motores diesel e renovação do ar ambiente.

A capacidade de se ocultar e surpreender é justamente o que faz do submarino uma grande opção nos conflitos navais. Sem dúvida alguma, o submarino, como elemento surpresa, é uma poderosa arma de guerra. Uma de suas principais tarefas é negar ao inimigo o uso do mar. Portanto, é fundamental para garantir a proteção da Amazônia Azul.

Benefícios Tecnológicos — Um dos aspectos mais notáveis do Prosub diz respeito ao arrasto tecnológico a ser vivido pelo País, em função da transferência de tecnologia, que garantirá ao Brasil a capacidade de projetar, construir, operar e manter seus próprios submarinos convencionais e com propulsão nuclear.

A concretização do programa fortalecerá, ainda, diversos setores industriais nacionais de importância estratégica para o desenvolvimento econômico do País. Priorizando a aquisição de componentes fabricados no Brasil para os submarinos, o Prosub fomenta o desenvolvimento da Base Industrial de Defesa, que engloba os setores de eletrônica, mecânica (fina e pesada), eletromecânica, química e da Indústria Naval Brasileira.

A participação das universidades, dos institutos de pesquisas e da indústria nacional na execução das atividades do Prosub assegura a disseminação do conhecimento no País.

As principais tecnologias envolvidas no Prosub tem utilização dual, podendo ser usadas em outras áreas da indústria. Merecem destaque: o projeto e construção de uma infraestrutura industrial de construção naval moderna; o complexo projeto do SN-BR, que envolve diversas áreas de engenharia; técnicas modernas de construção naval; desenvolvimento de sistemas de controle integrado; nacionalização de equipamentos e sistemas; desenvolvimento de laboratórios de ensaios e testes para diversas aplicações; projeto e construção de uma planta de propulsão nuclear; integração de sistemas; definição de novas regras para licenciamento nuclear e aprimoramento de processos e ferramentas de gestão de projetos complexos.

Com dimensões continentais de 8,5 mil quilômetros de costa, o Brasil tem o mar como uma forte referência em todo o seu desenvolvimento, sendo fonte de riquezas minerais, energia e alimentos. É nessa área marítima que os brasileiros desenvolvem as atividades pesqueiras, o comércio exterior e a exploração de recursos biológicos e minerais. O mar é o caminho de 95% de nossas exportações e importações e guarda cerca de 90% do petróleo nacional. A imensa riqueza das águas, do leito e do subsolo marinho nesse território justifica seu nome: Amazônia Azul.

A Amazônia Azul cobre uma área de 3,5 milhões de quilômetros quadrados. O Brasil pleiteia na Organização das Nações Unidas (ONU) a ampliação dessas fronteiras para os limites da Plataforma Continental, o que deve elevar a área marítima para cerca de 4,5 milhões de quilômetros quadrados – o equivalente à metade do território terrestre brasileiro.

Para proteger esse patrimônio natural e garantir a soberania brasileira no mar, a Marinha do Brasil investe na expansão da força naval e no desenvolvimento da indústria da defesa. Parte essencial desse investimento é o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub). A Estratégia Nacional de Defesa, lançada em 2008, estabeleceu que o Brasil tivesse “força naval de envergadura”, incluindo submarinos com propulsão nuclear. Neste mesmo ano, foi firmado um acordo de transferência de tecnologia entre Brasil e França. O Programa viabiliza a produção de quatro submarinos convencionais e culminará na fabricação do primeiro submarino brasileiro com propulsão nuclear, previsto para estar pronto em 2029.

Apenas seis países no mundo constroem e operam submarinos com propulsão nuclear – Estados Unidos, Reino Unido, Rússia, França, China e Índia. Destes, o único que concordou em transferir tecnologia ao nível requerido e capacitar os brasileiros a projetar e construir submarinos foi a França.

No que se refere especificamente à área nuclear, no entanto, não há troca de conhecimentos. Toda a tecnologia nuclear para o Prosub está sendo desenvolvida no Brasil, por meio do Programa Nuclear da Marinha (PNM), nas instalações do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP).

Além dos cinco submarinos, o Prosub contempla a construção de infraestrutura industrial e de apoio à operação dos submarinos, que engloba os Estaleiros, a Base Naval e a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (UFEM), no Município de Itaguaí.

No dia 20 de fevereiro, teve início a montagem final do “Riachuelo”, o primeiro dos submarinos convencionais do programa a ter unidas todas as seções que formam o casco e os múltiplos sistemas já instalados em cada uma delas. Esta fase, de elevada sofisticação tecnológica, foi a última, antes do lançamento do submarino ao mar.

Um dos aspectos mais notáveis do Programa diz respeito ao arrasto tecnológico a ser vivido pelo País, em função da transferência de tecnologia, que garantirá ao Brasil a capacidade de projetar, construir, operar e manter seus próprios submarinos convencionais e com propulsão nuclear. A participação das universidades, dos institutos de pesquisas e da indústria nacional na execução das atividades do Prosub assegura a disseminação do conhecimento no País.

As principais tecnologias envolvidas no Prosub tem utilização dual, podendo ser usadas em outras áreas da indústria. Merecem destaque: o projeto e construção de uma infraestrutura industrial de construção naval moderna; o complexo projeto do Submarino com Propulsão Nuclear, que envolve diversas áreas de engenharia; técnicas modernas de construção naval; desenvolvimento de sistemas de controle integrado; nacionalização de equipamentos e sistemas; desenvolvimento de laboratórios de ensaios e testes para diversas aplicações; projeto e construção de uma planta de propulsão nuclear; integração de sistemas; definição de novas regras para licenciamento nuclear e aprimoramento de processos e ferramentas de gestão de projetos complexos.

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