Livros de bibliotecas, museus e universidades foram deliberadamente queimados pelo grupo extremista, em mais um episódio para “eliminar a diversidade cultural que é a alma do povo iraquiano”, disse a chefe da Unesco. Na foto Irina Bokova no Kurdistão iraquiano, em novembro de 2014.
PARIS [ ABN NEWS ] — A diretora-geral da Organização da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Irina Bokova, disse, na terça- feira (03), estar alarmada com a destruição de milhares de livros em museus, bibliotecas e universidades em Mossul, cidade do norte do Iraque controlada pelo grupo terrorista ISIL (Estado Islâmico).
De acordo com a agência, os livros que abarcavam temas variados, como filosofia, direitos, ciência e poesia, foram deliberadamente queimados nas últimas semanas, no que aparenta ser “um dos mais devastadores atos de destruição de coleções bibliográficas na história da humanidade,” declarou a chefe da UNESCO, Irina Bokova.
Para ela, esse é um novo episódio da “destruição sistemática do patrimônio e a persecução de minorias com a intenção de eliminar a diversidade cultural que é a alma do povo iraquiano” e ressaltou que a Organização condena essa forma de violência.
Lembrando de outra queima de livros por extremistas islâmicos em Mali, Bokova disse que o ato constituí um “ataque à cultura, conhecimento e memória” e serve como evidência de “um projeto fanático que atinge tanto as vidas humanas como a criação intelectual.”
“A Unesco foi criada há 70 anos para combater este tipo de violência, através da educação, a ciência e a cultura usando instrumentos de diálogo e paz”, continuou. “Essa destruição é uma lembrança cruel que as nações devem permanecer unidas para combater este fanatismo atual.”
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